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2017 chegou ao fim e os indicadores econômicos começam a melhorar — mesmo em meio à crise política, que continua. Já se vislumbra uma recuperação, ainda que gradual, calcada em fatores como a queda da inflação, o retorno de acesso ao crédito e o controle do desemprego.
“Ainda que não seja possível prever o resultado, a expectativa de retomada é uma unanimidade e as empresas começam a tirar alguns projetos da gaveta, o que deve trazer um impacto positivo ao cenário de contratações”, diz Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half no Brasil, de São Paulo.
Os primeiros sinais dessa tendência já foram sentidos neste ano. No último trimestre, o número de vagas trabalhadas pela empresa de recrutamento Robert Half, cresceu 17,7% em relação ao mesmo período de 2016 — um avanço expressivo.
Mesmo assim, quem busca uma oportunidade precisa ter paciência, já que cerca de 70% dos processos seletivos têm durado pelo menos dois meses. A escolha meticulosa é fruto da grande oferta de profissionais e, em alguns casos, reflete a falta de qualificação da mão de obra disponível. O domínio do inglês, por exemplo, continua sendo um dos grandes limitadores para contratações.
Enquanto há alguns anos vivíamos a expectativa de uma Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos em solo nacional para movimentar a economia, agora o país aguarda a defnição do quadro
político, com as eleições de 2018, e o impacto que as privatizações e as reformas da CLT e da Previdência terão sobre o mercado de trabalho.
“Setores como óleo e gás e indústria automotiva podem ajudar na retomada. Obras de infraestrutura e o agronegócio devem ser a base da recuperação”, afirma Fernando.
Fonte: Você S/A